Você já se pegou pensando: “Por que sempre atraio o mesmo tipo de parceiro?” ou “Por que parece que meus relacionamentos nunca dão certo, mesmo quando eu tento de tudo?”.
Se sim, você não está sozinho. Muitas pessoas enfrentam a dor silenciosa da autossabotagem no amor. Às vezes, não percebemos, mas padrões inconscientes nos levam a repetir as mesmas histórias, os mesmos conflitos e, infelizmente, os mesmos finais.
Neste artigo, vamos explorar de forma leve e reflexiva como crenças inconscientes afetam sua vida amorosa, como elas surgem, e — o mais importante — como transformá-las para finalmente viver o relacionamento que você merece.
Pegue um café, respire fundo e vem comigo nessa jornada!
O que é autossabotagem no amor?
A autossabotagem no amor acontece quando, mesmo desejando viver um relacionamento saudável e feliz, você age de forma (quase sempre inconsciente) a destruir ou dificultar esse processo.
É como se dentro de você houvesse duas forças:
- Uma que busca o amor e a conexão verdadeira.
- Outra que, sem perceber, cria obstáculos, dúvidas ou até conflitos que afastam essa possibilidade.
Essas forças internas geralmente têm raiz em crenças inconscientes — ideias que foram formadas ao longo da vida, muitas vezes desde a infância, e que moldam a forma como você enxerga o amor.
Como surgem as crenças inconscientes?
Heranças da infância
Grande parte das nossas crenças sobre amor e relacionamentos vem do ambiente em que crescemos. Se você presenciou brigas constantes, traições ou falta de afeto, pode ter internalizado a ideia de que “amor sempre dói” ou que “ninguém é confiável”.
Experiências passadas
Relacionamentos anteriores também deixam marcas. Uma traição, um término doloroso ou uma relação abusiva podem reforçar medos e generalizações, como “todo homem é igual” ou “todas as mulheres abandonam”.
Influências culturais e sociais
Filmes, músicas e até conselhos de amigos moldam nossa visão do amor. Quem nunca ouviu frases como “homem não chora” ou “mulher tem que segurar o homem em casa”? Essas ideias limitantes se infiltram na nossa mente sem percebermos.
Sinais de que você pode estar se autossabotando
Identificar a autossabotagem é o primeiro passo para quebrar o ciclo. Alguns sinais comuns incluem:
- Atrair parceiros indisponíveis ou emocionalmente distantes.
- Ter medo de demonstrar vulnerabilidade.
- Sentir necessidade de controle excessivo sobre a relação.
- Repetir padrões de ciúme, insegurança ou desconfiança.
- Criar expectativas irreais, idealizando o parceiro.
- Desistir rápido ou acreditar que não merece ser amado.
👉 Se você se identificou com algum desses pontos, já tem uma pista importante para refletir.
Exemplo prático: o círculo do abandono
Imagine Maria, que cresceu em um lar onde o pai era ausente. Sem perceber, ela desenvolveu a crença de que “os homens sempre vão embora”.
Na vida adulta, Maria se apaixona, mas em cada relacionamento sente ansiedade constante, medo de ser abandonada e começa a sufocar o parceiro com cobranças. O resultado? O relacionamento se desgasta, e o parceiro acaba se afastando.
Maria confirma, mais uma vez, sua crença inconsciente.
Esse é o ciclo da autossabotagem.
Como transformar crenças inconscientes no amor
1. Reconheça os padrões
O primeiro passo é observar sua própria história amorosa.
Pergunte-se:
- O que meus últimos relacionamentos têm em comum?
- Quais medos se repetem em mim?
2. Questione suas crenças
Se a frase “ninguém é confiável” aparece, pergunte: “Será mesmo que ninguém é confiável, ou apenas algumas pessoas foram?”. Esse questionamento abre espaço para novas perspectivas.
3. Trabalhe o autoconhecimento
Práticas como meditação, terapia ou até escrever em um diário ajudam a acessar o que está escondido no inconsciente. Muitas vezes, é ali que encontramos respostas.
4. Traga a espiritualidade para o processo
Independentemente da sua crença religiosa, buscar conexão espiritual pode ajudar a ressignificar experiências dolorosas. Muitas pessoas encontram força em práticas como oração, meditação e até na leitura de textos inspiradores sobre amor e propósito.
E aqui, vale lembrar: até mesmo Jesus ensinava que amar ao próximo só é possível quando se ama a si mesmo.
5. Experimente novos comportamentos
Não adianta apenas pensar diferente, é preciso agir. Se você sempre foge quando algo fica sério, experimente se abrir. Se sempre idealiza demais, pratique enxergar o parceiro como humano, com virtudes e falhas.
História real inspiradora
Ana, integrante de um grupo de autoconhecimento, compartilhava que nunca conseguia manter relacionamentos longos. Em terapia, percebeu que carregava a crença de que “não era digna de ser amada”, criada após ouvir críticas constantes na infância.
Com exercícios de autoaceitação, journaling (diário) e pequenos passos para se valorizar, Ana começou a acreditar no próprio valor. Pouco tempo depois, conheceu alguém e, pela primeira vez, conseguiu viver uma relação leve e construtiva.
A transformação dela mostra que, quando mudamos dentro, o mundo fora também muda.
Dicas práticas para começar hoje mesmo
- Faça uma lista de frases que você costuma repetir sobre amor e reflita se elas são verdades absolutas ou apenas crenças.
- Escreva experiências passadas que ainda te ferem e pratique o perdão (a si mesmo e ao outro).
- Busque referências positivas: leia histórias, assista filmes ou consuma conteúdos que retratem relacionamentos saudáveis.
- Pratique a vulnerabilidade: converse com alguém de confiança sobre seus medos no amor.
Por que resolver a autossabotagem é libertador
Quando você identifica e transforma crenças inconscientes, algo poderoso acontece:
- Relacionamentos deixam de ser um campo de dor e se tornam espaço de crescimento.
- Você passa a escolher parceiros mais alinhados aos seus valores.
- O medo da rejeição diminui, e a autoconfiança cresce.
- O amor se torna mais leve, real e possível.
Conclusão: você merece viver o amor que sonha
A autossabotagem no amor não é um destino inevitável, mas um convite para olhar para dentro e curar histórias antigas. Quando você se reconecta com seu valor, questiona crenças limitantes e aprende a se abrir de verdade, cria espaço para viver o relacionamento que sempre desejou.
E lembre-se: ninguém está sozinho nessa jornada. Cada passo de autoconhecimento é também um passo em direção ao amor verdadeiro.
👉 Agora é com você: já percebeu algum padrão de autossabotagem no amor? Compartilhe nos comentários sua experiência, vamos construir juntos um espaço de aprendizado e cura.
E se esse tema ressoou com você, aproveite para acessar mais conteúdos na nossa categoria Relacionamentos. Tenho certeza de que encontrará reflexões que vão te inspirar ainda mais.
Fontes confiáveis para aprofundar o tema
- MindBodyGreen – Relacionamentos – Portal internacional com foco em bem-estar, espiritualidade e conexões saudáveis.
- Istituto do Casal – Conteúdos brasileiros focados em comunicação, amor e terapia de casais.
Livros recomendados sobre relacionamentos
- “As 5 Linguagens do Amor” – Gary Chapman
Um clássico que mostra como identificar e falar a linguagem do amor do parceiro. - “Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus” – John Gray
Explora as diferenças emocionais e comportamentais entre homens e mulheres. - “O Jeito Harvard de Ser Feliz no Amor” – Shawn Achor & Michelle Gielan
Traz estudos sobre psicologia positiva aplicados à vida a dois.

Ana Freitas é formada em comunicação e atua como produtora de conteúdo no Exploratory Route. Seu estilo direto e acolhedor valoriza histórias inspiradoras e dicas práticas. Apaixonada por palavras, acredita no poder da informação para transformar o cotidiano. Ela acredita que boas histórias e dicas práticas podem tornar a vida mais leve e interessante.